sexta-feira, 25 de março de 2016

Resenha crítica A LINGUAGEM DO CORAÇÃO (Marie Heurtin)

A Linguagem do Coração

(Marie Heurtin, 2014)




Ficha técnica
Título Original: Marie Heurtin
Gênero: Drama / Filme Bibliográfico
Duração: 1h35min
Lançamento mundial: 2014
Direção: Jean-Pierre Améris
Elenco: Isabelle Carré, Ariana Rivoire, Brigitte Catillon, Laure Duthilleu, Noémie Churlet, Patrica Legrand entre outros.
País: França

Resenha
Filme de produção francesa lançado em 2014, “A Linguagem do Coração” (título original Marie Heurtin) finalmente está em cartaz no Brasil desde o início de março de 2016. Ambientado no fim do século XIX, França, e baseado em uma história real, o filme trata de Marie Heurtin (Ariana Rivoire), uma moça que nasceu cega e surda. Vivendo em seu mundo isolado, sem conseguir se comunicar, seus pais a mandam para um convento onde crianças surdas são cuidadas. Porém, a madre superiora (Brigitte Catillon) a recusa devido à falta de condições para tratá-la. Vale lembrar que isso acontece perto de 1900 e por isso, tal condição era vista como limitação cognitiva e prova concreta de ter a inteligência afetada. Entretanto, a freira Marie Margueritte (Isabelle Carré) acaba conhecendo a moça e sente que é seu dever cuidar da jovem, libertando-a da “escuridão” através da linguagem dos sinais. Graças à insistência de Margueritte, dizendo poder cuidar de Marie e apesar de seu problema de saúde, a madre superiora acaba por permitir o acolhimento da jovem. É a partir daí que a beleza do filme se desenrola, pois, fazer com que Marie aprenda questões básicas de higiene e convívio social mostra-se uma tarefa longa, árdua e sem resultados aparentes. É interessante que outros filmes e obras trataram dessa temática anteriormente, mas o que torna esse filme especial é a atuação do elenco e direção de Jean-Pierre Améris. Com clima de produção independe e sem uma direção de arte muito elaborada, o filme ganha pela simplicidade da estética e pelo profundo sentimento artístico. Impossível não se ver chorando no final. Mas para isso acontecer, o espectador precisar entrar no clima do filme, se deixar levar pelo enredo e edição de som, que fez um ótimo trabalho em destacar os sons de tecidos, gestos e toques de tal maneira que transmite a sensação de proximidade.

Se recomendo esse filme? Não preciso nem falar. VÁ ASSISTIR.


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