sexta-feira, 25 de novembro de 2016

O uso de verbos modais na narrativa literária inglesa

O plano de aula foi elaborado pelos alunos Diego Barros, Erika Costa, Roseli Runho e Willian de Sousa do Curso de Licenciatura em Letras - Português/Inglês, na UNIP, Campus Vergueiro, período noturno para a disciplina Literatura Inglesa - Prosa ministrada pela Prof.ª Cielo G. Festino e coordenado pela Prof.ª e Dr.ª Joana Ormundo.

APRESENTAÇÃO

O uso de narrativas literárias no ensino de língua inglesa apresenta muitas vantagens e mostra-se de suma importância no desenvolvimento crítico do aluno em ambiente escolar pois, segundo Festino em A Estética da Diferença e o ensino das literaturas de língua inglesa (Gragoatá. Niterói, n. 37, p. 312-330, 2. Sem. 2014) nos aproximamos do Outro por meio das narrativas literárias.  Realizando a leitura crítica de tais narrativas literárias podemos nos comparar e entender melhor as diferenças do outrem com as nossas. O seguinte plano de aula busca apresentar como um trecho da obra JANE EYRE de Charlote Brontë pode apresentar material de discussão crítica simultaneamente com aprendizado e prática das quatro habilidades essenciais de língua inglesa: Reading, writing, listening e speaking.

ATIVIDADE: PLANO DE AULA
Nome: O uso de verbos modais em narrativas literárias.
Série: 1º ano do Ensino Médio
Duração: 1 aula
Local: sala de aula padrão.
Disciplina: Língua Inglesa.
Objetivo Geral: promover a compreensão da língua inglesa através de narrativas literárias visando a aproximação do aluno as leituras com textos originais de literatura inglesa.
Objetivos Específicos: uso do verbo modal CAN sobre habilidades; leitura e discussão crítica do papel da mulher da época em contraposição com a atualidade; produção de texto.

METODOLOGIA
Warm up: Discussão. (05-10 min)
Pergunte: “Você já leu algum clássico literário de língua inglesa? Se sim, quais? ”.
Permitir breve discussão.

Step 1: Contextualization (10-15 min)
Contextualize os alunos sobre:
Época: Inglaterra Vitoriana.
 A era vitoriana no Reino Unido foi o período do reinado da rainha Vitória, em meados do século XIX, de junho de 1837 a janeiro de 1901 na qual A burguesia se torna uma classe social influente e poderosa.
Autor: Charlotte Brontë
“Foi uma das grandes romancistas da Inglaterra do século XIX da época vitoriana. ”
Obra: Jane Eyre
“Uma de suas principais obras foi JANE EYRE: um romance que mostra problemas de classes da época e como a sociedade era hipócrita”.

Step 2: Reading (05-10 min)
Após contextualização prévia, peça aos alunos para lerem individualmente o trecho:

‘I dare say you are clever, though,’ continued Bessie, by way of solace. ‘What can you do? Can you play on the piano?’
‘A little.’
There was one in the room; Bessie went and opened it, and then asked me to sit down and give her a tune: I played a waltz or two, and she was charmed.
‘The Miss Reeds could not play as well!’ said she exultingly. ‘I always said you would surpass them in
learning: and can you draw?’
‘That is one of my paintings over the chimney-piece.’
It was a landscape in water colours, of which I had made a present to the superintendent, in acknowledgment of her obliging mediation with the committee on my behalf, and which she had framed and glazed.
‘Well, that is beautiful, Miss Jane! It is as fine a picture as any Miss Reed’s drawing-master could paint, let alone the young ladies themselves, who could not come near it: and have you learnt French?’
 ‘Yes, Bessie, I can both read it and speak it.’
‘And you can work on muslin and canvas?’
‘I can.’
‘Oh, you are quite a lady, Miss Jane!
Em seguida, faça uma breve compreensão do texto.

Step 3: Grammar (5-10min)
A seguir, direcione a atenção dos alunos para o modal CAN e explique brevemente o seu uso, exemplificando com trechos do texto.

Step 4: Practice (5-10min)
Afim de praticar oralmente e sinestesicamente, peça para os alunos formarem pequenos grupos no estilo de “find someone who”.

FIND SOMEONE WHO
Ask your friends if they can do these things:
“Can you…”

Yes/No
Student
Cook?


Play a musical instrument?


Paint?


Write with your left hand?


Do the laundry?


Whistle?


Play any sports?


Sing?


Ride a bike?


Swim?



Step 5: Final Discussion (5-10min)
Perguntar aos alunos quais habilidades eles observaram no texto e que são tidas como próprias de mulheres consideradas como damas. Abrir espaço para discussão: concordam com isso ou não? Quão diferente estamos daquela época para o agora? O que você pode fazer para mudar isso?

Step 6: Homework (5 min)
Como lição de casa, peça aos alunos para escrever um parágrafo curto com o tema “My abilities”, utilizando o verbo modal CAN.

BIBLIOGRIA
BRONTE, Charlotte. Jane Eyre. E-book. Planet PDF. Disponível no site:  http://www.planetpdf.com/planetpdf/pdfs/free_ebooks/Jane_Eyre_NT.pdf . Acesso em Out. 2016
FESTINO, Cielo. A Estética da Diferença e o Ensino de Literaturas de Língua Inglesa. Gragoatá. Niterói, n. 37, p. 312-330, 2. Sem. 2014
WIKIPÉDIA, A Enciclopédia Livre. Charlotte Brontë. Disponível no site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Charlotte_Bront%C3%AB. Acesso em Out. 2016
WIKIPÉDIA, a Enciclopédia Livre. Era Vitoriana. Disponível no site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Era_vitoriana. Acesso em Out. 2016.

WIKIPÉDIA, A Enciclopédia Livre. Jane Eyre. Disponível no site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jane_Eyre. Acesso em Out. 2016

sexta-feira, 25 de março de 2016

Resenha crítica A LINGUAGEM DO CORAÇÃO (Marie Heurtin)

A Linguagem do Coração

(Marie Heurtin, 2014)




Ficha técnica
Título Original: Marie Heurtin
Gênero: Drama / Filme Bibliográfico
Duração: 1h35min
Lançamento mundial: 2014
Direção: Jean-Pierre Améris
Elenco: Isabelle Carré, Ariana Rivoire, Brigitte Catillon, Laure Duthilleu, Noémie Churlet, Patrica Legrand entre outros.
País: França

Resenha
Filme de produção francesa lançado em 2014, “A Linguagem do Coração” (título original Marie Heurtin) finalmente está em cartaz no Brasil desde o início de março de 2016. Ambientado no fim do século XIX, França, e baseado em uma história real, o filme trata de Marie Heurtin (Ariana Rivoire), uma moça que nasceu cega e surda. Vivendo em seu mundo isolado, sem conseguir se comunicar, seus pais a mandam para um convento onde crianças surdas são cuidadas. Porém, a madre superiora (Brigitte Catillon) a recusa devido à falta de condições para tratá-la. Vale lembrar que isso acontece perto de 1900 e por isso, tal condição era vista como limitação cognitiva e prova concreta de ter a inteligência afetada. Entretanto, a freira Marie Margueritte (Isabelle Carré) acaba conhecendo a moça e sente que é seu dever cuidar da jovem, libertando-a da “escuridão” através da linguagem dos sinais. Graças à insistência de Margueritte, dizendo poder cuidar de Marie e apesar de seu problema de saúde, a madre superiora acaba por permitir o acolhimento da jovem. É a partir daí que a beleza do filme se desenrola, pois, fazer com que Marie aprenda questões básicas de higiene e convívio social mostra-se uma tarefa longa, árdua e sem resultados aparentes. É interessante que outros filmes e obras trataram dessa temática anteriormente, mas o que torna esse filme especial é a atuação do elenco e direção de Jean-Pierre Améris. Com clima de produção independe e sem uma direção de arte muito elaborada, o filme ganha pela simplicidade da estética e pelo profundo sentimento artístico. Impossível não se ver chorando no final. Mas para isso acontecer, o espectador precisar entrar no clima do filme, se deixar levar pelo enredo e edição de som, que fez um ótimo trabalho em destacar os sons de tecidos, gestos e toques de tal maneira que transmite a sensação de proximidade.

Se recomendo esse filme? Não preciso nem falar. VÁ ASSISTIR.